terça-feira, 21 de outubro de 2008

SENSIBILIDADE DE CRIANÇA

NOTICIAS EM CONTA GOTAS

Tudo preparado
Ao contrário do que aconteceu nas últimas legislaturas para a escolha dos vereadores que assumirão a Mesa Diretora da Câmara Municipal, desta vez parece que tudo caminha bem e sem a possibilidade dos últimos traumas. Na última segunda-feira os seis vereadores eleitos pela coligação de Panone/Becão estiveram na sede do Poder Legisaltivo para uma reunião que deixou muita gente curiosa. Ao final da referida reunião o grupo de vereadores saiu com a proposta para a eleição dos novos membros da Câmara. Como o grupo tem a maioria dos vereadores eleitos (seis de um total de nove), a escolha foi tranquila e assim será na eleição oficial que acontece em janeiro de 2009.

Veja como ficou
Luiz Carlos Viana (PPS-presidente), Gilson do Mercado (PT-vice-presidente), Marcos Galetti (PT-1º secretário) e Magela (PTB-2ºsecretário). Aliderança do prefeito ficará a cargo de Ancetti (PPS) e as comissões legisaltivas deverão ser engrossadas com Cesar Paiva (PTB). A nova Câmara Municipal será composta ainda pelos veradores Ricci (PP), Helton Venancio (PSDB) e Pinho da Cabana (DEM).

Pisando no freio
Como a maioria dos atuais vereadores não foram eleitos (exceto Ricci), o clima na Câmara Municipal não é dos melhores e, de certo modo, mostra desânimo. Becão Reschini (PTB) deixa o cargo de vereador (que ocupou por mais de 25 anos consecutivos) pois é o vice-prefeito Panone a partir de 1009. Rubens (PSDB) e Henrique (DEM) deixam a Câmara porque foram candidatos derrotados no pleito majoritário. Dos outros seis que compõem o atual Poder Legislativo, apenas Ricci (PP) se reelegeu. Por esta razão, é até compreensível que o ambiente esteja meio carregado, o que pode ser um prato cheio para o encerramento de mandato do atual governo.

Continua atento.
Mas o vereador Edevaldo Guilherme (PMDB), um dos que vão deixar a Câmara Municipal, já prometeu que não vai sossego ao prefeito José Carlos Calza até o dia 31 de dezembro, último dia do seu mandato. Edevaldo disse estar atento na possibilidade da Prefeitura Municipal comprar um prédio de propriedade do atual prefeito, para a criação de um Museu Têxtil. A compra gira em torno da bagatela de "1 milhão de reais". Leia o texto "NO APAGAR DAS LUZES" neste blog.

Novo Secretariado
Enquanto o novo governo vai tomando forma, a expectatia da população é conhecer quem serão os homens de confiança de Panone e Becão, que estarão administrando o município a partir de janeiro de 2009. Pelo que se tem escutado a mudança será mesmo radical, aliás, como prometeram os candidatos durante a campanha eleitoral. Nesta onda, Secretários, Diretores e cargos de confiança no 1º e 2º escalão deverão ser todos trocados.

E agora José?
Às pessoas que ocupavam cargos de confiança restam duas alternativas. Umas serão dispensadas de modo muito simples e as outras, concursadas no serviço público, deverão voltar aos seus cargos de origem. E é aí que o "bicho pega". Muitos deles estão com cargos no 1º escalaõa do poder há muito tempo (8, 12 e até 16 anos) e será difícil este processo de adaptação. Já tem servidor municipal que estava no topo da pirâmide do poder pensando em se aposentar e até mudar de cidade.

Mais atenção
E nesta onda de mudança geral, o ex-prefeito e vereador Mauro de Lima (PV) pediu ao prefeito eleito Panone na sessão de segunda-feira da Câmara Municipal, que seja escolhido alguém competente para a Secretaria de Agricultura. Mauro quer uma pessoa da área e com conhecimento do setor, para que os produtores rurais tenham maior atenção do Poder Público.

Quem será?
Três secretarias, talvez as mais importantes dentro do contexto geral da administração públicas, são alvos das maiores especulações para o preenchimento dos cargos. São elas a Secretaria de Finanças, a Secretaria de Educação e a Secretaria de Saúde. As apostas estão soltas.

SAUDADE DAS PRIMEIRAS OLIMPÍADAS ESTUDANTIS

Quantas vezes você já escutou frases como: "Precisamos retirar as crianças da rua", Os jovens precisam de atividades para se livrarem dos perigos das ruas" ou "Esporte é saúde, esporte é vida".
Pois bem, começo assim o meu texto para expor a condição de abandono e falta de atenção pela qual passa o nosso esporte, principalmente aquele voltado às crianças e aos adolescentes.
Para chegar a esta conclusão, que machuca quem esteve em grande parte da sua vida profissional voltada ao esporte, tomei por base o acontecimento dos "Jogos Estudantís" que estão sendo realizados em Descalvado.
E faço esta análise com responsabilidade, por já ter experimentado e participado ativamente da organização da primeira "Olimpíada Estudantil" em 1983 e também como criador e organizador do Projeto Criança, lá permanecendo como seu coordenador de 1987 a 1995.
E não faço esta análise por mera crítica profissional ou política, mas sim, em respeito aos profissionais de educação física, aos alunos e às unidades escolares envolvidas com o evento.
Posso afirmar com certeza que paramos no tempo.
Lembro com saudades das primeiras disputas, com o Centro de Lazer completamente tomado pelos alunos e seus familiares, lembro das disputas emocionantes e de alto nível entre as escolas e lembro da competitividade saudável que existia entre os professores de cada uma delas.
Os pais eram chamados a colaborar. Atuavam como técnicos, massagistas, roupeiros e qualquer outra função que pudesse auxiliar a participação da escola dos seus filhos.
Nas escolas, o segundo semestre era reservado para a preparação das equipes para a importante disputa do calendário escolar. A disputa do Basquete, Volei, Futsal, Futebol, Handebol, Atletismo e até Natação coloriam as quadras e campos do Centro de Lazer do Trabalhador.
Era uma empolgação só, pois essas disputas tinham um excelente nível técnico, fruto do árduo trabalho dos professores de educação física e da direção das escolas.
E é sobre o trabalho esportivo nas escolas, com as aulas de educação física, este importante complemento da educação dos alunos, que abordo neste texto.
O que falta atualmente, para que este trabalho seja mais valorizado e tenha reflexos positivos dentro da sociedade, quer seja no âmbito esportivo quer seja no que se refere à boa e saudável formação das nossas crianças e adolescentes?
Se compararmos com o passado, quando as "Olimpíadas Estudantís" eram muito mais empolgantes e participativas, veremos que as condições oferecidas hoje, tanto para os alunos quanto para os professores, são muito melhores que as daquela época.
Em contrapartida os resultados não são os mesmos.
Com a educação tendo mais recursos financeiros e com as escolas dotadas de infraestrutura básica para o desenvolvimento das aulas de educação física, sem sombra de dúvida era para estarmos num estágio mais avançado em termos de participação de alunos, qualidade técnica dos atletas e intervenção do Poder Público no evento.
Posso afirmar, sem medo de errar, que tivemos um retrocesso sem tamanho. Não cabe agora, apontar os erros e as falhas.
Precisamos olhar para frente, ter esperança num futuro melhor.
Quem sabe as mudanças que estão sendo propostas pela próxima administração municipal, com Panone e Becão a frente da Prefeitura Municipal, farão as intervenções necessárias para que tudo melhore, se renove e evolua dentro do binômio educação-esporte.
Se isso realmente acontecer, não seremos obrigados a ver crianças e adolescentes sem a mínima noção do que estão fazendo dentro de uma quadra, ou melhor, não teremos que contratar seguranças para ficar constantemente apartando encrencas e brigas entre os alunos.

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