segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

MAIS UM QUE NINGUÉM SABE E NINGUÉM VIU

A segunda-feira começou nebulosa lá pelos lados da Prefeitura Municipal, com direito à Boletim de Ocorrência e tudo o mais devido ao sumiço de mais um computador. Parece que, de tempos em tempos, essas máquinas desaparecem das salas do Palácio do Povo.
O furto desta vez ocorreu numa das salas externas, no setor que cuida das coisas do trânsito, como multas e emplacamento, além de funcionar também um arquivo com documentos da Secretaria de Obras, Tributação, Secretaria de Finanças e da Procuradoria Geral, segundo informações colhidas entre alguns funcionários.
A responsável pelo setor, ao abrir a porta da sala na segunda-feira, viu os cabos do computador desconectados e deu pela falta da CPU.
Mais um furto comum? Seria se não fossem alguns procedimentos estranhos do “gatuno” durante o furto.
Não houve arrombamento da porta. Ela foi aberta e fechada normalmente, ao que tudo indica por uma cópia da chave da porta da sala, sem que ninguém tenha visto nada durante o final de semana.
Pergunta-se: Cadê a vigilância do Palácio do Povo.
Além disso, estranho também foi o ladrão ter levado somente a CPU do computador, deixando um monitor LCD de 17” e demais acessórios que, somados, são mais valiosos que a própria CPU.
Teria sumido mais alguma coisa? Não há relatos sobre isso até o final da tarde de segunda-feira. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e talvez aconteça alguma investigação.
Outro fato interessante é que, segundo relatos de funcionários, uma cópia da chave da sala furtada desapareceu semanas atrás da Secretaria de Obras. Supõe-se que pode ter sido usada para entrar na sala do trânsito e surrupiar a CPU daquele setor.
Parece brincadeira, mas foi isso o que aconteceu.
Como as coisas lá pelos lados do Palácio do Povo são sempre tratadas com certa dose de displicência, se alguém tivesse informado sobre o sumiço da chave, talvez a fechadura da sala do Trânsito tivesse sido trocada e o furto teria sido evitado.
Você pode dizer: falar isso depois do acontecido é fácil. Sem dúvida é fácil, mas vamos analisar.
Na própria Secretaria de Obras já ocorreu um caso semelhante, quando um computador também evaporou de uma de suas salas. Alguém investigou? Pelo menos se procurou apurar devidamente o ocorrido?
Resposta para essas perguntas: Não
Também na Secretaria de Agricultura ocorreu furto de computador de certa forma estranho. Quem entrou pela janela sabia perfeitamente onde se encontravam as chaves de todas as outras salas e sabia perfeitamente qual computador era o melhor para ser levado.
Alguém investigou? Pelo menos procuraram apurar devidamente o ocorrido? Nem preciso responder, não é mesmo?
Uma coisa também é certa. Quem praticou o furto na Secretaria de Agricultura e agora na Secretaria de Obras, com certeza circulava livremente por elas e sabia perfeitamente como agir.
É uma questão de investigar. E investigar o sumiço de bens públicos é, antes de tudo, um dever da administração municipal.
Coisas estranhas acontecem no Palácio do Povo e em outros setores da Prefeitura Municipal. E tudo vai ficando por isto mesmo, como se o patrimônio material público, por menor valor que tenha, não mereça uma investigação séria e uma resposta para a sociedade.
Ao que parece, existem “dois pesos e duas medidas” quanto o assunto é preocupação com o erário público e aí, o que conta são mais os componentes políticos do que as questões verdadeiramente dentro da realidade.
E eu faço a última pergunta, mas nem precisa tentar compreender.
Se não existe a preocupação da atual administração municipal em se apurar como sumiram mais de 15 mil litros de combustível do almoxarifado municipal, você acha que estão preocupados com o “sumiço” de uma mísera CPU da sala do trânsito.
E vai ficar por isso mesmo, pode apostar.
Os antecedentes não deixam dúvidas.

MANCHETE DE JORNAL

No próximo domingo você poderia fazer um programa diferente com a sua família.
Que tal levá-la para assistir uma peça teatral encenada por atores descalvadenses?
O Grupo Teatral RAE, comandado há muito tempo por Décio Alfieri, estará apresentando a peça "Manchete de Jornal", que retrata o submundo do crime, drogas e violência infantil, entre outros tipos de violência.
O texto e a direção são do próprio Décio, com supervisão de Rogério Castequini e acontecerá no próximo domingo, dia 07, a partir das 20 horas no Anfiteatro Municipal (Prefeitura).
Boa pedida.

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