domingo, 4 de julho de 2010

Quando os bundões têm vez

Outro dia passei por uma pessoa na rua, que estava comentando sobre ter lido num jornal sobre como o tamanho de algumas “bundas” interferem na nossa vida.
Parei e fiquei prestando atenção. Imaginei que poderia estar falando dos atributos físicos da Juliana Paes, da Viviane Araújo ou de alguma beldade do BBB posando para a playboy.
Só um pouco mais tarde, pesquisando sobre o assunto na internet pude compreender alguma coisa.
Vemos frequentemente isso no dia-a-dia, ou seja, como “bundões” acabam interferindo na vida da gente. Pessoas que não entendem que o mundo se renova, e que decisões tomadas no passado ou acontecimentos ocorridos nele não são eternas.
Alguns políticos são mais ou menos assim: Eles sempre acham que uma eleição serve de parâmetro para a outra e que as atitudes tomadas durante um mandato servem para qualquer outro.
Com certeza políticos desta espécie estão fadados ao fracasso ou às grandes decepções, mas vamos deixar a política de lado que ninguém merece pensar neles durante todo o tempo.
Vejam só e não se percam no raciocínio.
A bitola (distância entre os trilhos) das ferrovias americanas é idêntica às das ferrovias inglesas, porque foram construídas pelos ingleses. Esta medida foi utilizada pelos ingleses porque as empresas que construíam os vagões na Inglaterra eram as mesmas que construíam as carroças, utilizando as mesmas ferramentas.
Mas de onde surgiu esta medida? Veio da Europa porque esta distância entre as rodas das carroças deveria servir para as antigas estradas européias, que foram abertas pelo antigo Império Romano durante as suas conquistas e foram baseadas nas antigas bigas romanas.
E temos que saber ainda que as medidas das bigas foram assim definidas para acomodar dois traseiros de cavalos.
Até aí tudo bem? Vamos continuar, então.
O ônibus Espacial americano utiliza dois tanques de combustível sólido que são fabricados no estado de Utah. Os engenheiros que projetaram a Discovery, por exemplo, queriam fazer esses tanques de combustíveis mais largos, porém, precisaram limitar o seu tamanho ao dos túneis das ferrovias por onde eles seriam transportados, os quais têm suas medidas baseadas na bitola da linha férrea, abertas pelos romanos, como já disse.
Qual a conclusão que podemos chegar?
Simples, o transporte mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia, acaba sendo afetado pelo tamanho da “bunda” do cavalo da Roma antiga.
E o pior de tudo é que, ainda hoje, inacreditavelmente, assim como na política, ainda existem lugares que também têm um monte de coisas definidas por bundões.

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