quarta-feira, 7 de julho de 2010

ALÉM DA FICHA LIMPA

             Todos nós, seres humanos falíveis por natureza, temos deslizes, cometemos pecados, erramos em avaliações e criamos obstáculos para depois ter de enfrentá-los.
        Mas também temos a capacidade da reflexão, de reavaliarmos nossas posições, de retomarmos caminhos, de rever posicionamentos, enfim, de darmos a volta por cima e enveredar a nossa vida para o “bom caminho”.
        Isto acontece com a maioria das pessoas. Pessoas comuns, autoridades, profissionais de toda espécie, juristas, homens da lei, ou seja, todo mundo está inserido nesta regra da vida.
        Infelizmente algumas pessoas, até devido a um sentimento de autodefesa, não conseguem enfiar o “rabo entre as pernas” e se permitir viver uma pausa para refletir sobre tudo o que fez ou tem feito.
        Na classe política os exemplos são enormes e eles acontecem com maior intensidade no seio daqueles grupos que perderam o poder democraticamente, em razão da insatisfação popular diante de tanta irregularidade ou ineficiência em certos setores da vida pública.
        Políticos que permaneceram um tempo no poder, sempre à base do “populismo barato”, alicerçado através do “tapinha nas costas” e da “barganha política”, ao verem sua sobrevivência política seriamente ameaçada começam a expor aquilo que sempre de melhor couberam fazer na política: as canalhices.
        Auto intitulando-se “Arautos da Moralidade”, usam de todo o expediente para reconquistar a credibilidade que perderam perante a população. E neste quesito adotam uma tática de certo modo engraçada.
        Não explicam ao povo as inúmeras irregularidades que cometeram e tampouco os supostos atos de corrupção em que estão denunciados.
        Longe de se defenderem do “arsenal de irregularidades” em que estão denunciados (como se isso fosse fácil) preferem partir para o “denuncismo” contra seus adversários. Por medo e revanchismo político-eleitoreiro fazem contra seus adversários falsas acusações de todo modo. Denunciam agora possíveis atos irregulares, os mesmos que sempre praticaram quando estavam no poder.
        Hipócritas e falastrões!
        O pior em toda esta postura medíocre, ainda é a mania de plantar no seio da comunidade as mais variadas mentiras sobre os seus adversários. Usam deste artifício com a maior desfaçatez e sem o menor constrangimento.
        Canalhas e covardes!
        Com um abundante histórico de corrupção, enriquecimento ilícito e tráfico de influência, esses “demônios” acham que podem enganar o eleitor se fantasiando com “auréolas”.
        Idiotas acima de tudo!
        Políticos assim nunca vão colocar o “rabo entre as pernas” e aceitar que é chegado o momento de fazer uma política de alto nível. Na verdade não sabem e nunca souberam praticá-la.
        Querem se agarrar ao poder à custa de “mentiras”, de “fofocas”, “boatos” e todo tipo de ato capaz de enganar o povo e esconder as suas próprias fraquezas.
        Políticos assim não vão nem precisar da “Lei da Ficha Limpa” para serem expurgados da vida pública. Basta apenas, no momento certo, refrescar a memória do eleitor sobre o passado sujo que eles trazem na bagagem e pela sujeira que sempre vão querer levar para a política.

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